sábado, 12 de maio de 2018

Se a moral não é um fenômeno que pode ser pesquisado por meio da ciência, como podemos dizer que há moral objetiva?

Mas não há moral absoluta. Pode-se dizer que ela seja objetiva no sentido de que suas prescrições, permissões e proibições não se aplicam individualmente ao sujeito em particular (o que seria subjetivo), mas objetivamente a todo um grupo a que pertençam os sujeitos que são o objeto dessa moral. O que é absoluto é a ética, esta sim, que pode ser estudada filosoficamente de modo objetivo. Não cientificamente porque o assunto não se adequa ao método científico e sim ao filosófico. A moral, por sua vez, pode ser estudada sociologicamente como um fenômeno, mas não o conteúdo de suas prescrições, permissões e proibições. Esses conteúdos são convencionais e arbitrados pelo grupo dominante de algum estrato social em dado lugar e dada época. Ou seja o conteúdo do que a moral prescreve, permite ou proíbe não é passível de ser deduzido de modo lógico e racional. O que não acontece com a ética. O ideal é que a moral seja sempre norteada pela ética. Todavia, em muitos casos, isso não se dá, ficando a moral como a expressão da vontade da classe dominante do grupamento humano considerado. Vontade essa que, muitas vezes, é a de uma única pessoa (um ditador, como Hitler).

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