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domingo, 17 de março de 2013
Quanto mais possuímos valores culturais, morais e espirituais fortes mais temos uma "rica vida interior" e menos nos submetemos à lógica da crise da abstinência do vício que nos impele sempre e irresistivelmente ao consumo desenfreado?
A chamada "vida interior" consiste naquilo que se vive mentalmente a partir do que nos fornece nossa própria reserva de vivências, concepções, percepções e tudo que nossa memória já registrou. A partir disso elaboramos pensamentos e nos dedicamos a apreciá-los, a nos emocionar com eles, bem como, a agirmos em função deles, e não em função de solicitações externas. Quanto mais formos capazes de pautarmos nossas vidas pelo que vem de dentro de nós mesmos, menos precisamos de estímulos externos para que nossa vida seja rica e satisfatória. Mas não podemos prescindir totalmente dos estímulos externos, pois eles são a fonte primária de tudo o que a mente elabora. Essa vida interior será tanto mais significativa quanto mais espiritualizada for. Por espiritualidade eu entendo, não algo relativo a espíritos, mas sim a dedicação aos aspectos mais elevados da vida, como as virtudes, a prática do bem, a contemplação do belo, a percepção e o entendimento da realidade, a fruição da cultura, a consideração filosófica do significado da existência e coisas assim. Nisso, certamente, se inserem as cogitações éticas e morais. Quem a isso dedica o seu tempo e empenho, certamente se livra das apelações consumistas e dos procedimentos pessoais e sociais meramente em atendimento aos ditames da moda. Nisso reside, essencialmente, a força da personalidade e do caráter, isto é, no fato da pessoa se afirmar por suas convicções sem se importar em agradar a quem quer que seja. Assim, é sumamente proveitoso que se empenhe na construção desse castelo interior de vivências e concepções, que se esmere em sua arquitetura e em sua decoração, para que a vida não fique dependente de estímulos externos para ser levada com prazer e felicidade. Só não se pode esquecer que viver não é só contemplar, mas também, agir. Só que, quem tem essa riqueza interior, sempre agirá de forma sábia e no sentido de promover a maximização do bem e a erradicação do mal. Esse poderá dizer que, de fato, vive, e sua vida é plena de razão e significado.
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