quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Então como o senhor explica a inexistência do destino?

Não precisa explicar. O que precisaria explicar seria a sua existência. Uma vez que não há razão nenhuma para haver destino, ele não existe. O que seria destino? Alguma programação cósmica que determinasse o que fosse acontecer no futuro. Ora, o desenrolar dos acontecimentos é fruto de uma série de injunções que se dão entre os inúmeros eventos que estão sempre acontecendo. Há eventos que influenciam os outros, bem como há eventos que ocorrem aleatoriamente, sem que tenham sido provocados por nada. Mesmo no caso dos que são provocados, os provocadores não funcionam deterministicamente, isto é, eles podem acarretar uma coleção de possibilidades de efeitos, sem que se possa prever o que se dará. Isso tudo é interligado por um intrincadíssima rede completamente imprevisível. Ou seja, se se soubesse, num dado momento, tudo o que estivesse acontecendo com tudo o que existe no Universo todo, nem assim seria possível prever como seria o momento subsequente. Isso contraria totalmente a concepção de Laplace: "Une intelligence qui, pour un instant donné, connaîtrait toutes les forces dont la nature est animée, et la situation respective des êtres qui la composent, si d’ailleurs elle était assez vaste pour soumettre ces données à l’Analyse, embrasserait dans la même formule les mouvements des plus grands corps de l’univers et ceux du plus léger atome : rien ne serait incertain pour elle et l’avenir, comme le passé serait présent à ses yeux.". A razão está na incausalidade e no indeterminismo intrínsecos da natureza, como demonstrado pelas concepções quânticas, sobejamente provadas que são o modo de agir da natureza. Em suma: Não há nenhuma possibilidade de que o futuro seja conhecido. Logo, destino não

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