quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"seria possível que o Universo tenha sempre existido." É mesmo, como assim?‎

Há duas concepções para isso. A primeira considera a existência do Big Bang, mas que o conteúdo cujo espaço continente passou a se expandir teria sido resultante de uma compactação de uma fase anterior do Universo, que evoluiria em ciclos de expansão e contração, como Big Bangs em cada mudança de ciclo. A segunda é a do estado estacionário (atualmente descartada), segundo a qual a expansão seria eterna para o futuro e, inversamente (uma contração) para o passado. Mas sem a acumulação em uma singularidade, pois o conteúdo que se expande iria surgindo no espaço (ou sumindo, se visto em sentido pregresso do tempo). Sendo o Universo infinito, essa evolução seria eterna. Não há argumento que proíba que possa ser assim, como o pretendem os defensores do "argumento Kalam", avocado por Tomás de Aquino e pelo William Craig. O que acontece é que os dados observacionais indicam que o Universo teve um início e não seja cíclico. Então, mesmo que seja possível que o Universo fosse eterno para o passado (e para o futuro), o caso é que, como tudo indica, não é (para o passado).

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