Poxa, Ernesto! Estou muito triste. Mais da metade dos meus conhecidos compartilham fotos do J. Bolsonaro e escrevem coisas ridículas sobre os Direitos Humanos. O mais triste é que muita gente apoia esse tipo de pensamento. Inclusive os próprios familiares.

É lamentável que pessoas que se poderia considerar que fossem de bem sejam ludibriadas por essas concepções direitistas e revanchistas do Bolsonaro e dos que querem a volta dos militares ao poder. Essas pessoas não entendem que não é pelo tacão que se estabelece a paz e a ordem. A mentalidade militar é equivocada ao conceber a disciplina como algo incontestável, de modo que se tenha que obedecer toda ordem superior, mesmo que seja idiota. Isso é abdicar da inteligência. Ainda bem que não prestei serviço militar, senão eu seria preso todo dia e, ainda, provocaria um motim dos demais recrutas contra ordens imbecis dos superiores. Claro que não se pode admitir nenhum crime e nenhuma desonestidade. Mas tudo tem que ser combatido dentro da estrita observância da lei. Só que, o que tem acontecido, é que as pessoas têm se safado da lei e não são devidamente punidas. Um delegado que conheço faz os maiores esforços para prender delinquentes e, então, o juiz solta. Assim não dá. Há muita coisa errada. Por exemplo, prisão especial para portador de diploma de nível superior. Isso é imoral. Da mesma forma que é imoral o ajuntamento de presos nas penitenciárias que abrigam uma população muito superior à sua capacidade. O governo tem que gastar é muito dinheiro mesmo para estabelecer um sistema prisional decente que dê conta de prender todo mundo que tem que ser preso, de modo decente, e com trabalho obrigatório para ajudar a pagar sua hospedagem. E sem nada de liberalidades de redução de pena ou coisas similares. Porém tudo legal e decente. Inclusive o modo de agir da polícia. Paralelamente é preciso que a sociedade ofereça oportunidades para que todos possam se manter sem optar pelo crime. Os que optarem, que pagem, e bem caro, pela opção. Mas os direitos humanos não podem ser violados em nenhuma hipótese.