domingo, 21 de abril de 2013

A imaginação pode ser a construção do conhecimento? Argumente.

Sim, e desse modo tem sido ao longo da história da ciência e da filosofia. Principalmente da filosofia, em que, na maioria dos casos, as propostas de explicação da realidade são inventadas pelos filósofos e não induzidas a partir das observações e experimentos, como, normalmente, faz a ciência, atualmente. Claro que, uma vez propostas, essas explicações (que constituem, justamente, o conhecimento) precisam passar por testes de validação e, muitas vezes, se revelam corretas. Isso também ocorre em ciência. Newton, por exemplo, imaginou que o movimento dos astros fosse descrito pela mesma lei que descreve a queda deles na Terra (o famoso episódio da maçã). Isto revelou ser correto. Claro que o caso da maçã é fantasia, mas Newton teve a intuição de estender a gravitação ao movimento planetário ao comparar a aceleração centrípeta da Lua com a aceleração de queda dos corpos na Terra. Para tal ele teria que provar que a ação gravitacional da Terra seria como se toda a sua massa estivesse no centro e isso ele provou pelo cálculo de fluxões, que desenvolveu. Então viu que as leis de Kepler poderiam ser deduzidas de sua lei da gravitação. Mas tudo veio de uma intuição que Kepler não havia tido, já que suas leis são cinemáticas. A grande revolução de Newton foi achar que as leis do céu são as mesmas da Terra. Isso foi uma grande intuição. Watson sonhou com a estrutura helicoidal da molécula de DNA (imaginação inconsciente).

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