quarta-feira, 17 de julho de 2013

Muito obrigado pelo esclarecimento! E se não for abusar, pros ateus a vida se resume à nossa morte?

Claro que não. Muito pelo contrário. A vida, para qualquer pessoa, seja ateu ou creia em Deus, se constitui no intervalo entre o nascimento e a morte. Esse intervalo é único e exclusivo para cada pessoa. É só nele que se pode fazer tudo o que se deseje. É nele que se tem que achar um significado para a própria vida e, como isso, vivê-la de forma satisfatória e merecida. Ser feliz e fazer o bem. Não há nada antes e nada depois. Não se vive fora desse intervalo. Por isso, quem é ateu, dá um valor à vida muito maior do que quem não seja. Porque sabe que é só ela. Não há vida eterna. Não se age na vida para conquistar o direito de continuar vivendo, depois da morte, em beatitude nem se deixa de fazer o mal para não continuar vivendo, depois da morte, em danação eterna. Não há céu nem inferno. Mesmo assim há que se fazer o bem e não o mal, não por causa de nenhum prêmio nem castigo, mas porque é o certo a ser feito, uma vez que não somos seres isolados, mas gregários, e o bem de cada um decorre do bem de todos.

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