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quarta-feira, 17 de julho de 2013
Profº Ernesto, suponha a existência de um deus. De acordo com o que o senhor já viu sobre as religiões, se tivesse de escolher um deus para ser o verdadeiro, qual seria e por quê?
Se existir um Deus, e penso que, havendo, seja único, não acho que seja nenhum dos que as religiões consideram que seja. Porque elas se contradizem em suas concepções desse Deus. Se ilo (pronome pessoal reto na terceira pessoa do singular do gênero neutro) for bom, como muitas consideram que seja, como pode permitir a existência do mal. Só se não for onipotente nem onisciente. Mas, então, não seria um Deus. Ou então ilo seria mau. No meu entendimento a única possibilidade é a concepção deísta, isto é, de que Deus seja criador mas não provedor. Em outras palavras, que largue o Universo a seu curso natural, sem interferir. A concepção teísta é totalmente indefensável, porque a observação mostra que Deus não atende prece nenhuma. A não ser que seja malvado mesmo. Quanto ao panteísmo, também vejo dificuldades, pois considera que, sendo Deus o próprio Universo, teria que ser eterno, e as observações mostram que não é. Além disso, para ser Deus teria que ter uma mente e não vejo como o Universo inteiro possa ter. O panenteísmo, que é o caso do hinduísmo, até que poderia acontecer também, como o universo sendo uma emanação de Deus (Brahmam), que, todavia, lhe seria anterior e superior. Outra concepção possível é a do pandeísmo. Mas o teísmo, que é o caso dar religiões abrahãmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo) não tem como ser verdade. Muito menos a divindade de Jesus Cristo. Isso é um disparate. A concepção de redenção, fulcro do cristianismo, é uma aberração de tanta maldade por parte de Deus. Como ilo poderia exigir o sacrifício expiatório atroz de seu próprio filho para sentir-se aplacado em sua ira pelo pecado original? Outras concepções das religiões, como a existência de uma alma imortal, de céu, inferno ou reencarnação, para mim, são totalmente inadmissíveis.
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