quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que o senhor acha dos milhares de jovens prodígio,que sabem calculo aos 12 anos, por exemplo, que existem no mundo? Não são uma espécie de desmotivação para os não superdotados que querem seguir carreira científica?‎

De modo nenhum. Muito pelo contrário. Acho que essas moças e moços são um incentivo para que todos se dediquem ao estudo com afinco, para que desenvolvam a sua inteligência por meio de desafios e também alcancem tais proezas. Acho importantíssimo que as escolas propiciem aos superdotados condições para desenvolverem suas potencialidades e sejam modelos a serem seguidos por todos. Que eles possam, como é feito na Índia, trabalhar com os colegas não tão capazes para que venham a se tornar capazes assim. Acho que, no Brasil, há um culto imbecil à mediocridade. Há uma rejeição criminosa à inteligência, à criatividade, à diligência, à erudição. Isso é extremamente pernicioso para a sociedade, não só daqui, mas para toda a humanidade. É incentivando, justamente, essas características, bem como a solidariedade, a colaboração, o desprendimento, a modéstia e a assertividade, que se construirá uma sociedade justa, progressiva, harmônica, fraterna, próspera e feliz. Fora com a preguiça, a cobiça, a inveja, a ignorância, os preconceitos e a burrice. Só é burro e ignorante quem quer. Todo mundo pode cultivar sua inteligência e sua erudição. Basta querer e se esforçar. A escola tem que propiciar isso e o governo tem que colocar isso como a meta maior da educação, além da educação do caráter, mas não essa de adestrar respondedores de questões de vestibular.

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