quarta-feira, 17 de julho de 2013

Suas provas eram muito difíceis?‎

Muito não, mas não eram fáceis. E sempre puxavam mais para o raciocínio do que para a memorização. Geralmente eu pedia para deduzir uma nova equação, não vista ainda ou resolver problemas literalmente, isto é, sem valores numéricos. Ou perguntas teóricas para explicar ou interpretar algo. Acho que o mais importante é saber pensar, entender e compreender os fenômenos do que resolver probleminhas macetes. Quem entende mesmo, a fundo, a matéria, resolve qualquer problema que aparecer. Mas quem se adestra apenas em resolver problemas, só resolve os que forem do tipo que treinou e não consegue fazer os diferentes. Essa sempre foi a minha filosofia da aprendizagem: entendimento e compreensão é o mais importante. As aplicações, então, decorrem naturalmente. Infelizmente, hoje em dia, só se treinam aplicações. Uma lástima. Outra coisa. Jamais propus problemas em que se aproximava o campo gravitacional na superfície da Terra para 10N/kg. Sempre trabalhei com três algarismo significativos. Na universidade, minha provas eram com consulta e eu dava quatro questões com uma hora para resolver cada uma. Mas eram alunos do fim do bacharelado em física. Tipo: Redija um texto explicativo a respeito de algum aspecto não visto em aula, mas que eles teriam que concluir a partir do que fora visto. Mesmo assim, os alunos se saiam bem, na maioria. Porque fazíamos "ensaio de prova", para treinar.

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