segunda-feira, 15 de julho de 2013

Boa noite senhor, estes dias vi uma entrevista em uma canal, sendo que um neurocientista afirmava que a religiosidade poderia ser tratada como doença mental, tu teins um ponto de vista sobre isto?‎

Não acho que seja uma doença, mas, de fato, trata-se de uma predisposição mental ativada pela prevalência de algumas conexões neurais. Isso não levaria diretamente à religiosidade, mas a uma tendência mística ou espiritualista, que encontra nas religiões um canal conveniente de expressão. Todavia há vários ateus místicos e espiritualizados, isto é, que se comprazem com a fruição das atividades mais elevadas da mente, como o altruísmo, a contemplação, as considerações mais filosóficas a respeito da vida, a retidão de caráter e outras características que também são cultivadas pelas religiões. Todavia podem, perfeitamente, não crer em Deus e nem em espíritos, expressando essa tendência pelo humanismo secular e, mesmo, pela arte, ciência e filosofia. A pessoa assim tem uma sensibilidade apurada, um algo senso de justiça e uma dedicação à promoção do bem comum.

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