Como decidiu qual caminho seguiria profissionalmente?

Desde estudante eu era entusiasmado por Física e Matemática, bem como com a profissão de professor. Mas também cogitei em ser arquiteto ou engenheiro mecânico, porque gostava de fazer plantas de casas e de construir mecanismos, consertar relógios e coisas assim. Na minha época de estudante secundário (década de 60 do século 20) era comum que os melhores alunos das turmas fossem ser professores. Foi o meu caso. Acabei cursando Matemática porque em Barbacena não tinha curso de Física e meu pai não tinha como me manter em Belo Horizonte, onde tinha. Desde o primeiro ano da faculdade eu já lecionava para pagar meus estudos. Outro assunto que desde cedo me fascina é a Filosofia e a Literatura. Pensei em ser filósofo e escritor, mas vi que seria difícil ganhar dinheiro com isso e, então, deixei para me dedicar a tais temas de forma diletante. Como também à música e à pintura. Depois, quanto fui fazer mestrado, escolhi Cosmologia por ser a parte mais filosófica da Física. Acabei também me dedicando à administração escolar, não por meu gosto, mas por solicitação dos colegas, já que sempre me incumbia muito bem desse tipo de trabalho. Acabei sendo chefe do Departamento de Física da UFV, coordenador do Curso de Física (que, aliás, fundei), Pró-Reitor de Graduação, Assessor do Reitor e Chefe de Gabinete da Reitoria. Depois me aposentei e vim ser Vice-Diretor de uma escola particular. Dei mais de vinte mil aulas de Física e Matemática para cerca de cinco mil alunos do Ensino Médio e do Superior. Sempre gostei é de ser professor. Adoro mesmo ensinar, ou melhor, provocar o aprendizado. Também gosto muito de escrever e de fazer palestras.