Certamente, pois fiz do magistério uma das razões de ser de minha vida. A primeira dica é amar entranhadamente o conhecimento e considerar que seja pelo conhecimento que a humanidade se redimirá das injustiças. Assim se terá bem nítida a missão de que levar o conhecimento (e tudo o que lhe seja correlato, como as habilidades, as atitudes e assim por diante) à juventude seja o mais relevante trabalho que se possa fazer nesse mundo. Porque só será um bom professor a pessoa que vibrar com a sua profissão e se sentir orgulhosa de a ter, independentemente do quanto tenha de retorno financeiro por ela. Assim pensando, há que se aplicar a dominar o conhecimento de sua área com a máxima profundidade e abrangência, nunca se dando por satisfeito por já saber o suficiente. Isso vale para a vida toda, mesmo depois da aposentadoria. Mas também é preciso ter uma cultura geral das outras áreas, pelo menos no nível do Ensino Médio. Tem, também, que amar o educando e ter por ele uma sincera preocupação com o seu desenvolvimento intelectual, como moral, afetivo, social e tudo. Além, é claro, um estrito profissionalismo que se patenteia na responsabilidade pelo cumprimento dos encargos com competência e presteza. Mas tem que ir além. Tem que "inventar moda" e sempre estar propondo melhorias no processo de aprendizagem, por mais trabalho que possa isso dar. Há que "caçar sarna para se coçar" e "dar murro em ponta de faca" até mais não poder para dobrar a inércia e a incompetência que costumam grassar nos meios educacionais. Senão não se é digno do epíteto de "o professor".
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