segunda-feira, 15 de julho de 2013

Professor, todas essas perguntas que as pessoas lhe fazem aqui no ask.fm ou no formspring, os livros que escreveu ou os que estão escrevendo, seus blogs, suas pinturas etc. quando você morre, como espera que seus amigos e/ou familiares organizem toda sua obra, todo seu trabalho aqui neste mundo?‎

Tenho pensado nisso. Estou com quase tudo o que publico na internet salvo em arquivo para publicação. Isso dá mais de duas mil página em espaço 1,5. Meus livros, discos, vídeos, fitas, revistas, partituras, gravuras, mapas e similares que fazem minha biblioteca de mais de 20 mil itens quero deixar em uma ONG para consulta do povo, já que tive um grande dissabor em ver que a biblioteca de meu bisavô, com uns mil livros do século XIX, em primorosa encadernação de couro, foi descartada pela Biblioteca Municipal de Barbacena à qual haviam sido doados por seus herdeiros, dentre os quais meu pai. Acho um absurdo que bibliotecários descartem livros antigos, ainda mais primeiras edições de Eça de Queiróz, Camilo Castelo Branco, Alexandre Herculano, Júlio Diniz, Balzac, Flaubert, Dumas, Hugo, Tolstói, Dostoievsky, como eles fizeram. Se me tivesse dito eu iria colocar minha lata de lixo para que eles jogassem fora nela. Então não doo para entidade pública nenhuma. Funcionários públicos não têm interesse público, de modo geral. Eu sei bem disso, porque sou funcionário público aposentado e sempre vivi às turras com os que não consideravam o seu trabalho como um "serviço público". Meus filhos não têm interesse em meus livros. Quanto aos quadros, eu já os distribuí e vendi alguns.

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