quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Bom, parece uma questão de linguagem. Segundo a minha definição de que livre-arbítrio é a capacidade de escolher tudo conscientemente, não existe livre arbítrio.

Essa não é uma definição correta de livre arbítrio. Livre arbítrio é a capacidade de proceder a escolhas em uma decisão. Mas essas escolhas não precisam, necessariamente, ser conscientes. Elas, de fato, existem ou consciente ou inconscientemente. É preciso entender que o processamento mental inconsciente é um processamento pessoal, ou seja, é algo sobre o qual a pessoa tem responsabilidade também, mesmo que sua consciência não tome conhecimento do que ocorre. Mas é a pessoa quem está decidindo. A concepção de mente centrada na consciência, como sendo o aspecto mais importante do psiquismo, é uma concepção equivocada. A consciência é importante sim, mas não tem a superioridade que se diz que tem em relação ao imenso volume de processamento mental inconsciente que ocorre no cérebro. É mais ou menos o mesmo que acontece com a filosofia em se centrar no ser humano. Isso é um grande equívoco, pois o ser humano não é o mais importante do Universo. O importante é o Universo inteiro. Da mesma forma que o importante, para o estudo da mente, é tudo o que acontece na mente e, não apenas, o que se tem consciência de que acontece.

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