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quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Existe livre-arbítrio?
Sim. Certamente. Mesmo que muitos o neguem, como o Sam Harris. Senão o mundo seria determinístico, mas não é. De fato há fatores de extrema força influenciando as decisões humanas. Mas a pessoa ainda tem a liberdade de contrariá-los. Note que a decisão pode não ser consciente que, nem por isso, deixa de ser pessoal. Há pessoas que argumentam que, antes que se tome conhecimento de uma decisão, o cérebro já mandou o comando para que ela seja executada. Portanto a decisão não teria sido da pessoa e sim do seu inconsciente. Ora, isso apenas significa que a decisão foi inconsciente e, só depois, comunicada à consciência. Mas não é preciso que uma decisão seja consciente para que seja pessoal. O inconsciente também faz parte da pessoa e todo pensamento inconsciente também é um pensamento da pessoa. O inconsciente é responsável pela maior parte do processamento mental, chegando, mesmo a uns oito nonos. Mas é um processamento mental pessoal, composto por tudo o que a pessoa já armazenou de informações colhidas pelos sentidos, bem como pela memória de tudo o que já refletiu, raciocinou, sentiu, aprendeu. Isso tudo, de forma inconsciente, produz um resultado de decisão mental que é de inteira responsabilidade da pessoa, mesmo que só tornado consciente a posteriori.
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