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quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Mas talvez o esquema barriga de aluguel seja um tipo de comércio de bebês, uma espécie de "compra" de bebês, pois estariam oferecendo um valor monetário pelo "produto" recebido. Na sua opinião, isso é moralmente aceitável?
Na atual situação em que serviços prestados são financeiramente remunerados, não vejo problema em uma pessoa receber um pagamento para conduzir em seu útero a gravidez de um óvulo de outra pessoa fecundado por uma terceira ainda. Desde que tudo seja combinado de forma amistosa e respeitosa. A imoralidade residiria em uma atividade comercial envolvendo atravessadores intermediários que também lucrariam com a transação. Não havendo isso, em muitos casos se trataria, inclusive, de uma forma de distribuição de renda. Para as pessoas que não tivessem recursos para esse aluguel, poderia haver um banco de voluntárias que se disporiam a levar a gravidez adiante sem cobrar, ou apenas com uma ajuda para o acompanhamento pré-natal que, até, poderia ser dada pelo governo. Funcionaria como um banco de leite materno, em que, quem pudesse, pagaria. Não vejo falta de ética nisso, pois ninguém está prejudicando ninguém.
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