domingo, 21 de abril de 2013

O que acha de um(uma) jovem de 22 anos por exemplo, só gostar de ter amigos mais velhos que não são da sua faixa etária?


Isso é normal. Quando eu tinha entre uns 14 e 22 anos, também tinha poucos amigos de minha faixa. e gostava mais de conversar com adultos, especialmente com meu pai, que era professor de história e geografia, com quem eu batia longos e frutuosos papos sobre isso, sobre política, sobre cinema, sobre música, sobre arte. Assistíamos e comentávamos filmes pela madrugada, no tempo em que ainda não havia vídeo-cassete e, muito menos DVD nem TV por satélite (década de 60). Pena que ele não gostasse de Física e Matemática. Mas gostava de geologia, astronomia, meteorologia, oceanologia. Era um intelectual e muito do que sou eu me tornei mirando a ele. Ou então, gostava muito da companhia de crianças. Em festas, as crianças me rodeavam para que eu brincasse com elas ou lhes contasse histórias. Acho que era porque sempre considerei brincadeira coisa muito séria para criança e me entrosava com elas no espírito da brincadeira, mas sem fingir que era criança. Geralmente isso acontece com pessoas que possuem uma personalidade bem independente, que sejam bem inteligentes para ver o mundo de modo crítico e não se amoldam ao grupo só para não ficarem isoladas. Em geral têm um senso ético muito desenvolvido e uma maturidade bem precoce. Não é problema ser assim, desde que não se desenvolva uma total hostilidade a quem seja da sua faixa e nem se tenha uma atitude de desdém por quem não seja do mesmo modo. Comecei a trabalhar como professor na EPCAR com 18 anos, no primeiro ano da faculdade, e participava da despesa da casa. Mesmo antes já atuava com meu pai e minha mãe em suas obras filantrópicas. Formei-me com 21 e me casei com 22. Sempre fui o mais novo de minha turma e parecia o mais velho. Depois dos 22 anos eu já era adulto mesmo, para todos os efeitos. Acho interessante, a respeito, visitar este site:
http://www.qi-inteligencia.com/
Fala-se muito contra esse tipo de comportamento, mas não vejo problema. O interessante é que, apesar dessa precocidade na responsabilidade, na compreensão do mundo e no modo de ser, essas pessoas costumam reter algo da infância por toda a vida, que outros que não exibem isso perdem. Trata-se do deslumbramento, da curiosidade, de uma certa ingenuidade, da confiança no próximo, da falta de malícia, da generosidade, da espontaneidade, da franqueza e outras do tipo. Isso é bom, não só para a própria pessoa, mas, principalmente, para o mundo, que está muito saturado de maldade, de cinismo (não no sentido original dos filósofos gregos), de oportunismo.

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