segunda-feira, 15 de julho de 2013

Voce disse que ser engenheiro, na sua opiniao, é ser inventor. Voce acredita que na construção civil ainda há muito a ser explorado, descoberto?‎

Claro que sim. E está sendo feito a todo momento, mundo afora. Novos materiais, Novos processos, Novas concepções. Edificações dinâmicas, móveis, adaptáveis. Soluções ecológicas, energéticas, ergonômicas, digitais (para controle de climatização, por exemplo). No Brasil é que a construção ainda é muito baseada em concreto armado, tijolo, vidro, encanamento embutido. Quase tudo é enformado. Não se usam módulos pré-fabricados padronizados. Não há padronização dimensional, para não precisar de cortar nenhuma peça de piso ou parede. Não se usam blocos de encaixe, tipo lego, para evitar massa de alvenaria. O planejamento da execução de obras é muito frouxo, cheio de improvisações. Não se segue cronograma rígido "just in time", para a entrega e uso de materiais sem necessidade de armazenagem no canteiro de obras. Em suma: extremamente amadorista. O Brasil ainda tem muito o que aprender com a China, por exemplo. E com Dubai. Só queria ver os brasileiro fazerem um prédio de um quilômetro de altura. O grande problema da engenharia no Brasil é a avacalhação e o baixíssimo nível de exigência de qualidade. Vejam-se telhas e tijolos: completamente irregulares. As cerâmicas não têm controle rigoroso de temperatura e tempo de cozimento, bem como do teor exato de água e argila, da pastosidade da massa e outros fatores que determinam a uniformidade de aspecto e propriedades de resistência das peças. Trabalhadores não possuem curso técnico de nível médio como exigência profissional. Isso tudo é para engenheiro civil inventar e implementar. Levar a construção civil do país a um nível de primeiro mundo.

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