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quinta-feira, 9 de maio de 2013
Ernesto, o senhor sempre foi ateu? Se não, o que o senhor era antes de se tornar um?
Não. Na infância e na adolescência eu era católico e muito piedoso, tanto que queria ser santo. Por isso me aprofundei no estudo da doutrina católica. Como sou extremamente curioso e adoro estudar, estudei também as outras religiões, filosofia, história e, principalmente, muita ciência. Bem além do que era pedido na escola. No ginásio (fundamental II) eu já estudava em livros de história e geografia do meu pai, de nível superior. E devorava livros de divulgação científica. Aos 13 anos comecei a estudar filosofia pelo Teobaldo Miranda Santos. Lá pelos 19 anos cheguei à conclusão de que a fé não tem cabimento, principalmente a história da redenção do Cristo. Tornei-me deísta. Depois agnóstico e, finalmente, ateu. Isso ao longo de uns sete anos, talvez. Lá pelos vinte e tantos já me considerava ateu. De lá para cá só tenho encontrado cada vez mais argumentos contra a existência de Deus e de uma alma imortal, especialmente pelo estudo de neurociências e de cosmologia, em que fiz o meu mestrado. Minha vivência religiosa, contudo, me fez ver que existem religiosos convictos, sinceros e inteligentes, que merecem respeito, se pautam sua vida pala prática do bem. Pena que estejam equivocados.
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