quinta-feira, 9 de maio de 2013

p1- Mas para deixar de ser um iludido o homem teria que estudar sobre antropologia, psicologia, filosofia, história, política, economia e essa lista não acaba aqui. Precisaria de muitas vidas para aprender isso tudo, além disso, esses conhecimentos ainda não estão esgotados. Portanto, todos nós somos iludidos, pois para perder essa ilusão se faz necessário ter esse conhecimento monumental. Talvez, por isso que o homem comum não precisa se preocupar com esses assuntos para ser feliz, pois ele intuitivamente sabe que tanto ele como os eruditos não passam de iludidos. E aí professor o que achas disso?

De modo nenhum! É claro que a totalidade do conhecimento humano é incompleta e nunca será completa. Nem por isso é inválido se dedicar a conhecer o mais que se consiga a respeito de tudo o que for possível. Nesse sentido, o nível de educação correspondente ao Ensino Médio seria suficiente para uma pessoa ter uma boa noção geral e eu penso que deva ser a mínima escolaridade para qualquer pessoa do mundo. Uma pessoa que tenha algum conhecimento científico e filosófico, mesmo que não seja monumental, não é iludida no sentido de que sabe que há conhecimentos ainda não disponíveis mas que, em tese, seriam todos alcançáveis. E sabe, também, que as propostas mitológicas não são conhecimentos. Então não se ilude com concepções mirabolantes. Para isso é preciso que a Educação Básica (Fundamental e Média) dê uma noção ampla de ciência e filosofia e que discuta as propostas de TODAS as religiões, a fim de que se tenha noção do que elas apresentam, do que têm de bom e em que são completamente ficcionais. O homem comum precisa, sim, ser esclarecido cientifica, filosófica, religiosa, política, artística e economicamente para que não seja alvo das tramoias dos espertalhões que queiram explorá-lo. Conhecimento é poder, pelo menos poder de resistência. A felicidade advinda da ignorância é ilusória e completamente indesejável. Antes a aflição da consciência plena. Mas o conhecimento, se bem trabalhado, pode conduzir à sabedoria, essa sim, fonte de felicidade pela consideração serena da própria condição perante o mundo e pela atitude de reação e disposição de mudá-lo para melhor.

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