sábado, 11 de maio de 2013

Professor, o que o senhor pensa da virgindade? Existe um momento ideal para perdê-la? Esse momento deve ser escolhido pela própria pessoa, mesmo que seja uma criança? E o que o senhor pensa da pedofilia com autorização da "vítima"?

Virgindade é algo que se deve perder logo que for conveniente, psicologicamente falando, sejam meninos, sejam meninas. Não tem cabimento abster-se de sexo por não ser casado. Isto vai depender da maturidade de cada um. Pelo que percebo ela surge entre os 13 e os 17 anos. O que é preciso é que seja dada uma educação sexual de verdade e não aquela assepsia das aulas de biologia sobre o sistema reprodutor. Para que as meninas e os meninos saibam que sexo é gostoso, mas que não deve ser feito a torto e a direito com qualquer um ou qualquer uma. O bom é que seja com alguém por quem se tenha laços de afeição, companheirismo, em suma, com o namorado ou a namorada. Os pais, que têm maior percepção do estado psicológico do adolescente ou da adolescente, têm que ter uma relação franca e aberta com eles, de modo que eles confiem nos pais, e, então, dar o sinal verde, quando perceberem que já pode. Sem se importar com o que alguém possa dizer a respeito e, muito menos, com o que estipula a moral religiosa. Quanto à pedofilia, não existe essa de pedofilia com consentimento. Pedofilia se caracteriza como envolvimento sexual, (mesmo sem penetração) entre um adulto e uma criança ou um adolescente. Haverá uma idade em que, com consentimento, não será pedofilia, mas uma relação normal. Abaixo dessa idade, mesmo com consentimento, será pedofilia. Que idade seria essa? Também depende de cada caso. A partir dos 13 anos, penso eu, poderá se considerar a possibilidade de já se ter plena consciência do que se está fazendo, de modo que, com consentimento, possa ser feito sem problemas. Mas, cada caso é um caso e tem que ser bem analisado por psicólogos. Todavia, acho estranho se a relação envolver uma diferença grande de idade. Mas não se a outra pessoa for quase tão nova quanto a mais nova (seja o menino, seja a menina). Talvez a lei deva considerar não só a idade do que tem menos idade, mas também a diferença de idades. É para ser estudado e não é simples.

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