sábado, 11 de maio de 2013

O senhor acredita q pode existir um estado civilizado sem a figura de um Deus pra suprimir as pulsões, trieb? Em Mal Estar da Cultura Freud é bem pessimista em relação essa possibilidade, esse Deus do Limite já aparece em Voltaire e Dostoievski.

Claro que é perfeitamente possível. Mas muito difícil. Essa dificuldade é que tem que ser vencida e só o será pela educação. Dificuldade, mesmo muito grande, não é empecilho para nada. Aliás, é melhor que se conquiste algo com dificuldade do que sem ela. Uma sociedade ácrata e ateísta é o suprassumo da civilização e é o objetivo da construção de um mundo ideal. O pessimismo desses autores é plenamente justificado. Eu mesmo não acho nada fácil. Mesmo assim é o que proponho e persigo. E confio que será alcançado. Não logo, mas dentro de alguns séculos ou poucos milênios. O uso da figura de Deus para conter as pulsões em direção ao mal é um engodo injustificável, se se considera que todo mundo tenha que ser educado, culto e bem esclarecido. Manter a maior parte do povo ignorante é uma atitude sádica das elites dominantes que tem que acabar. Não estou dizendo que quem creia em Deus seja, necessariamente, ignorante. Há muitas pessoas cultas que creem. Mas, à medida que o conhecimento, especialmente científico, for se tornando comum para a totalidade da população, a razão para crer em Deus irá diminuindo. E o conhecimento tem que ser fomentado, mesmo que não leve à descrença em Deus. Um conhecimento importante para todo mundo é o conhecimento a respeito de TODAS as religiões. Sei que é difícil introduzir isso, por exemplo, nos países muçulmanos, mas acho que eles, mais dia menos dia, também se tornarão esclarecidos a respeito. Imagine um mundo em que ninguém será pobre, nem doente, nem ignorante. Ninguém mesmo: todos os bilhões de habitantes do mundo serão da classe média, terão boa saúde e escolaridade, pelo menos, de nível médio (exceto as crianças, enquanto o forem).

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