sábado, 11 de maio de 2013

Quando te acusam de voluntarismo qual a sua defesa?

Dependendo do significado que se está dando à palavra, eu sou voluntarista mesmo. Se isso é entendido como a concepção, de Schopenhauer e de Nietzsche (modificada), de que a vontade seja a fonte da existência de tudo, eu não concordo. Não há vontade nenhuma no Universo que seja responsável por ele ou pela vida. Nem acho que, como um atributo mental, a vontade seja preponderante sobre a razão e a emoção, por exemplo. Para mim, razão, emoção e vontade atuam no mesmo nível nos processamentos mentais. Concordo que a vontade de viver seja uma força poderosa nos seres vivos que os impele a agir no sentido de preservar a própria vida. Mas isso não faz da vontade um princípio metafísico criador do mundo. Muito menos a vontade de poder. Esta, para mim, nem sequer é uma força universal nos seres vivos e nem no homem. Alguns homens têm essa vontade, mas nem todos. O que eu tenho de voluntarismo é que eu considero que não ajo em relação a nada a não ser em função de minha vontade. Tudo o que eu faço é porque quis fazer e assumo toda a responsabilidade. Não tenho dessa de "fiz, mas não queria". Mas a vontade não vem antes. Claro que essa decisão é sugerida pela razão e pela emoção que se embatem. Geralmente, em mim, a emoção prevalece. Mas minha emoção é muito guiada pelo que a razão colocou em minha cosmovisão.

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