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terça-feira, 16 de julho de 2013
Acredita que o ateísmo traria alguma forma de evolução social e superação de um passado da dominação religiosa ou este será apenas uma consequência da utopia ?
Independentemente da concepção política, o ateísmo se mostra uma concepção coerente com a realidade substancial do Universo, isto é, sobre sua composição inteiramente constituída apenas de componentes físicos, suas estruturas espaciais e as ocorrências que com eles se dão no tempo. Nada de realidade sobrenatural. Isso é o que se depreende dos fortes indícios e da total falta de evidências e comprovações da opção alternativa de que exista alguma realidade extra-natural. Não estou me referindo à realidade dos conceitos abstratos nem das estruturas sociais, políticas e econômicas, que não são substanciais. O que digo, e que o ateísmo considera, é que não existem deuses, almas, espíritos, elementais, consciência cósmica e nada do tipo. Não que haja prova dessa inexistência, mas que, não havendo da existência e não havendo nenhuma necessidade de considerar essa existência para dar conta de nada, a suposição da existência do sobrenatural é totalmente dispensável, logo, sendo descabida. O estudo sereno e desapaixonado de todas as religiões vai mostrar que elas são mitológicas e, antropologicamente, surgiram para atender um anseio de explicação do inexplicável, surgido na espécie humana e nas que lhe antecederam. Todavia, o avanço do conhecimento científico, histórico e antropológico permite visualizar a religiosidade em seu correto prisma humanístico e não como uma decorrência da vontade de nenhuma pretensa divindade. Mesmo porque, se assim o fora, apenas uma religião poderia ter surgido em toda a humanidade, exatamente idêntica, onde quer que tenha surgido. A diversidade delas é uma patente prova de que são construtos meramente humanos. Se Deus é um só para toda a humanidade, porque permitiria que surgissem outras religiões fora da verdadeira. Sendo, como são, várias, como saber qual é a verdadeira? Claro que a fé não serve de garantia, pois há fé profunda e sincera em todas elas. Por outro lado, o agnosticismo, do mesmo modo que o gnosticismo, não se sustenta, pois afirma não ser possível saber se existem ou não deuses. Nada ha que garanta essa impossibilidade. O que se pode dizer é que, no atual estágio de conhecimentos, não se sabe. Então resta o ceticismo como a mais adequada e sensata concepção a respeito. A única que atende à situação epistêmica a respeito do assunto. Um ateísmo dogmático é tão errado quanto um teísmo, deísmo, panteísmo ou panenteísmo dogmáticos também. Considerar assim a questão leva a uma nova e consistente postura com relação à realidade social. Para começar porque coloca a ética e a moral como edificações puramente humanas, para promover a harmonia da convivência social no sentido de propiciar a felicidade para todos. Daí decorre todo o resto, como a política e a economia, concebidas para, em seus âmbitos, permitirem o bem estar de todos pela colaboração de uns pelos outros com esse objetivo.
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