terça-feira, 16 de julho de 2013

Existe diferença ética entre matar animais humanos e não humanos por entender que eles são nossa propriedade para matar sem intenção?‎

Sim, existe. Não porque animais não humanos sejam propriedades de humanos, mas porque são de outra espécie. Isso não significa que seja ético matar animais não humanos generalizadamente, mas que os critérios para julgar o caráter ético de se matar um animal não humano e um animal humano são distintos. Mesmo no caso de humanos, há situações em que matar não fere a ética, como no caso da legítima defesa. Isso também se aplica a outros animais. Mas é ético matar outro animal para matar a fome e não é ético matar um animal humano para isso (mas pode ser ético comer um humano que já esteja morto para matar a fome). Não havendo necessidade, isto é, sendo possível se alimentar sem ter que matar animais, é pertinente considerar se seria ou não ético fazê-lo. De todo modo, não é ético matar outro animal (não humano) de forma cruel e dolorosa ou para mero capricho, como a caça recreativa, ou para se suprir de produtos não necessários, como as peles. Claro que matar humanos para tirar a pele não é ético. Por outro lado, é ético matar animais que estejam sendo fonte de males para as pessoas, como insetos propagadores de doenças ou devastadores de lavouras, ou mesmo roedores. A questão controversa é a da matança de animais especificamente criados para alimentação humana, como bois, porcos, frangos e similares. Ou mesmo, peixes. Será que é ético matar peixes por não serem sencientes mas não aves e mamíferos por o serem? Seria ético comer insetos? E porque seria ético matar porcos para comer e não cães e gatos? Essas questões, para mim, ainda não estão respondidas.

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