quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Você escreveu bastante mas não abordou as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Também deturpou o "amor ao próximo" de Jesus que também instituiu o sacramento do Matrimônio. Até entre duas pessoas pode acontecer a infidelidade.O que seria em sexo grupal? No anarquismo as pessoas seriam meros "objetos"

As doenças sexualmente transmissíveis são evitadas da mesma forma quer se tenha ou não exclusividade relacional sexual ou romântica. Não há razão para prescrever a monogamia obrigatória por isso. O relacionamento plural não implica em sexo grupal, mesmo que também o possa admitir. Todavia o fato de se poder fazer sexo com mais de uma outra pessoa, mesmo simultaneamente, não significa, absolutamente, que as pessoas sejam consideradas objetos. As pessoas, nos relacionamentos múltiplos, são pessoas. São alvo do amor, do carinho, do respeito, da dedicação, da doação de prazer, do interesse, da cumplicidade e de tudo o que se tem por alguém que se ame no caso da exclusividade amorosa. Não vejo em que o fato de se amar a mais de uma pessoa reduza qualquer aspecto do amor que se tenha por cada. Claro que pode acontecer infidelidade (entendida como a não exclusividade desconhecida e não consentida). Mas, uma vez que não se tenha exigência de exclusividade, por que razão alguém iria ser infiel e trair um relacionamento se não teria restrição nenhuma a ter outro relacionamento totalmente consentido? Quanto ao sacramento do matrimônio, ele não foi instituído por Jesus, pois já havia no judaísmo, que era a religião de Jesus. E no judaísmo, o matrimônio não era monogâmico, sendo que Jesus não alterou nada a respeito disso. A exigência de monogamia no cristianismo foi instituída mais tarde, especialmente em razão da interferência de Saulo de Tarso, que assimilou costumes romanos. Só que a poligamia judaica era apenas poligínica e não poliândrica. Como acontece, ainda hoje, com a poligamia islâmica. A poliandria só é aceita, atualmente, no Tibete, no Nepal, no Butão, no Sry Lanka, em alguns lugares de Índia e da China, em algumas ilhas polinésias, na Nigéria, no Zâmbia e, talvez, em outros lugares. Nem todos de forma oficial, mas tolerada, sem criminalização.

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